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VERDADES E MITOS

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16 de nov. de 2010

SANTO SUDÁRIO ' HISTÓRIA ATÉ O SÉCULO XIII


Ficheiro:Abgarwithimageofedessa10thcentury.jpg
Uma das primeiras representações do sudário de Edessa, do século IX

As primeiras referências a um possível sudário surgem na própria Bíblia. O Evangelho de Mateus (27:59) refere que José de Arimateia envolveu o corpo de Jesus Cristo com "um pano de linho limpo". João (19:38-40) também descreve o evento, e relata que os apóstolos Pedro e João, ao visitar o túmulo de Jesus após a ressurreição, encontraram os lençóis dobrados (Jo 20:6-7). Embora depois desta descrição evangélica o sudário só tenha feito sua aparição definitiva no século XIV, para não mais ser perdido de vista, existem alguns relatos anteriores que contêm indicações consistentes sobre a existência de um tal tecido em tempos mais antigos.
A primeira menção não-evangélica a ele data de 544, quando um pedaço de tecido mostrando uma face que se acreditou ser a de Jesus foi encontrado escondido sob uma ponte em Edessa. Suas primeiras descrições mencionam um pedaço de pano quadrado, mostrando apenas a face, mas São João Damasceno, em sua obra anti-iconoclasta "Sobre as imagens sagradas", falando sobre a mesma relíquia, a descreve como uma faixa comprida de tecido, embora afirmasse que se tratava de uma imagem transferida para o pano quando Jesus ainda estava vivo.
Em 944, quando esta peça foi transferida para Constantinopla, Gregorius Referendarius, arquidiácono de Hagia Sophia pregou um sermão sobre o artefato, que foi dado como perdido até ser redescoberto em 2004 num manuscrito dos arquivos do Vaticano..Neste sermão é feita uma descrição do sudário de Edessa como contendo não só a face, mas uma imagem de corpo inteiro, e cita a presença de manchas de sangue. Outra fonte é o Codex Vossianus Latinus, também no Vaticano, que se refere ao sudário de Edessa como sendo uma impressão de corpo inteiro
Outra evidência é uma gravura incluída no chamado Manuscrito Húngaro de Preces, datado de1192, onde a figura mostra o corpo de Jesus sendo preparado para o sepultamento, numa posição consistente com a imagem impressa no sudário de Turim
Ficheiro:Hungarianpraymanuscript1192-1195.jpg

Em 1203, o cruzado Robert de Clari afirmou ter visto o sudário em Constantinopla nos seguintes termos: "Lá estava o sudário em que nosso Senhor foi envolto, e que a cada quinta-feira é exposto de modo que todos possam ver a imagem de nosso Senhor nele". Seguindo-se ao saque de Constantinopla, em 1205 Theodoros Angelos, sobrinho de um dos três imperadores bizantinos, escreveu uma carta de protesto ao papa Inocêncio III, onde menciona o roubo de riquezas e relíquias sagradas da capital pelos cruzados, e dizendo que as jóias ficaram com osvenezianos e relíquias haviam sido divididas entre os franceses, citando explicitamente o sudário, que segundo ele havia sido levado para Atenas nesta época.
Dali, a partir de testemunhos de época de Geoffrey de Villehardouin e do mesmo Robert de Clari, o sudário teria sido tomado por Otto de la Roche, que se tornou Duque de Atenas. Segundo a pesquisadora italiana Barbara Frale, os templários teriam mantido o sudário por um século em sua posse e o levado à França.Ainda há controvérsia se o sudário de Edessa (chamadoMandylion) seria o mesmo de Turim, em vista de referências que indicariam sua presença em Constantinopla até 1362, cinco anos após sua aparição no Ocidente.
Fonte: pt.wikipedia.org
Formatação e Pesquisa: Helio Rubiales

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